Ø Denúncias
de Alisantes Capilares
Alisantes
são todos os produtos cosméticos que têm a finalidade de alisar os cabelos e
devem ser registrados na Anvisa. O processo de alisamento químico ou
“relaxamento de cabelo” não acarreta danos para a saúde da população, desde que
o produto atenda às exigências estabelecidas na legislação[1].
No
mês de Março/2016, a Ouvidoria recebeu 12 demandas a respeito do assunto, dentre
elas 10 denúncias de produtos alisantes que conteriam formol em sua composição.
Seguem exemplos:
“OLA
BOM DIA GOSTARIA DE PEDIR PARA OS AGENTES DA ANVISA DAREM UMA OLHADA NOS
PRODUTOS DESSA MARCA ELA ESTA SENDO COMERCIALIZADA NOS SALÕES AQUI DA REGIÃO E
TEM UM ODOR DE FORMOL BEM GRANDE SE ESTIVER COM FORMOL ISSO PODE OCASIONAR
DANOS iNREPARAVEIS (sic) A SAÚDE DO PROFISSIONAL DESDE JA AGRADEÇO”
“Comprei
a progressiva XXX em uma perfumaria próxima a minha casa, e ao utilizar o
produto que tem um cheiro muito forte, comecei a ter ardência nos olhos, no
nariz, os olhos começaram a lacrimejar, tive vertigem, e o cheiro ainda ficou
no cabelo mesmo depois de enxaguar o cabelo várias vezes, acho que o produto
foi adulterado e está com muito mais formol do que o permitido pela Anvisa...”
A
RDC 36/2009/Anvisa, proibiu a comercialização do formol em estabelecimentos
como drogarias, farmácias e supermercados. A finalidade dessa Resolução foi
restringir o acesso da população ao formol[2], coibindo
o desvio de uso do produto como alisante capilar, já que a utilização do formol
em cosméticos é permitida apenas nas funções de conservante e como agente
endurecedor de unhas[3]. Cabe
ressaltar que o uso do formol como alisante capilar NÃO é permitido pela
Anvisa, pois o uso inadequado pode causar sérios danos ao usuário e ao
profissional que aplica o produto.
Os
riscos do formol são tanto maiores quanto maior for a concentração, a duração e
a frequência da exposição e se dão através da inalação dos gases, pelo contato
com a pele e com os olhos ou pela ingestão. Por inalação, o formaldeído pode
causar fortes dores de cabeça, tosse, falta de ar, vertigem, dificuldade para
respirar e edema pulmonar. Pode causar ainda irritação das membranas mucosas do
nariz e trato respiratório superior. Em altas concentrações pode causar
bronquite, pneumonite ou laringite. Em contato com a pele, esta pode ficar
esbranquiçada, áspera e apresentar forte sensação de anestesia e necrose na
superfície da pele. A exposição a longo prazo pode causar tanto dermatite de
contato irritante como dermatite de contato alérgica, com rachaduras na pele
(ressecamento) e ulcerações, principalmente entre os dedos. Em contato com o
couro cabeludo, pode causar descamação e vermelhidão, além da queda de cabelos
e irreversibilidade do seu crescimento. Em contato com os olhos, pode causar
irritação, dor, vermelhidão, lacrimejamento e visão embaçada. Altas
concentrações podem causar danos irreversíveis[4].
As
denúncias referentes à comercialização ou à utilização em salões de cabeleireiro
de produtos que possuam formol em sua composição são direcionadas às
Vigilâncias Sanitárias locais para averiguação in loco. Já as reclamações a respeito das reações adversas destes
produtos são encaminhadas à área de Cosmetovigilância para tratamento.
[1]
Conteúdo disponível no site da Anvisa em: http://www.anvisa.gov.br/cosmeticos/material/Folder_%20Alisantes_Formol.pdf
[2] Disponível em: http://www.anvisa.gov.br/cosmeticos/alisantes/escova_progressiva.htm
[3] Informações do folder disponível no site da Anvisa: http://www.anvisa.gov.br/cosmeticos/alisantes/folder_alisantes/alisantes.htm
[4] Fonte: http://www.cetox.ufc.br/boletins/arquivos%20boletins/Boletim%2009%20Formaldeildo.pdf
[2] Disponível em: http://www.anvisa.gov.br/cosmeticos/alisantes/escova_progressiva.htm
[3] Informações do folder disponível no site da Anvisa: http://www.anvisa.gov.br/cosmeticos/alisantes/folder_alisantes/alisantes.htm
[4] Fonte: http://www.cetox.ufc.br/boletins/arquivos%20boletins/Boletim%2009%20Formaldeildo.pdf

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